Formação de professores básicos na universidade
indicações preliminares de um adestramento obsoleto
Palavras-chave:
Formação de professores. Universidade. Conhecimento. Aprendizagem.Resumo
O texto tem como objetivo mostrar que a formação do professor básico na graduação universitária é obsoleta, porque está ainda no contexto instrucionista do início do século passado. Hoje exige-se que o professor seja autor, cientista, pesquisador, para poder formar alunos autores, cientistas, pesquisadores, habilidades que começariam já no pré-escolar. A função de repassar conteúdo de maneira reprodutiva vai se deslocando para o computador. Anima esta discussão a visão de aprendizagem como autoria, não como treinamento, ainda que treinamento faça parte da aprendizagem humana, mas como instrumentação acessória. A escola não toma a sério o diagnóstico do aprendizado escolar, ignorando que grande parte dos estudantes não aprende, sobretudo no ensino médio. A BNCC pede a “recriação da escola”, que implica a recriação do professor. A universidade, por falta de autocrítica, não aceita reinventar seus cursos de graduação (pedagogia e licenciatura). Continua formando profissionais do ensino, enquanto precisamos de profissionais da aprendizagem. O professor não é visto como culpado, mas como também responsável pela aprendizagem do aluno. Há que cuidar dos professores, para que cuidem dos estudantes.
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