Fatores sociocomportamentais, alimentares e a ocorrência de excesso de peso em adolescentes

Autores

Palavras-chave:

obesidade, adolescentes, nutrição, indicadores de saúde.

Resumo

A prevalência de obesidade cresce em todo o mundo, independente da classe social, da idade e do sexo influenciada por vários fatores (alimentares, genéticos, comportamentais). O objetivo do trabalho foi relacionar fatores sociocomportamentais e alimentares entre adolescentes eutróficos com excesso de peso da rede de ensino público estadual do município de Pinhão – PR. Participaram do estudo 76 adolescentes com média de idade de 15,8 anos de escola pública, sendo que 55,3% eram meninos. Para o diagnóstico nutricional utilizou-se os pontos de corte da OMS e os dados sociocomportamentais e alimentares por meio de questionários estruturados com questões fechadas. Quando comparados os sexos verificou-se que 40,8% dos adolescentes apresentaram excesso de peso, com prevalência maior entre o sexo feminino (55,9%). O excesso de peso pode estar relacionado principalmente ao tempo excessivo em atividades sedentárias e alta ingestão de refrigerantes pelo grupo com excesso de peso, bem como ao número de refeições realizadas ao dia. Para minimizar o quadro de excesso de peso encontrado neste estudo, sugere a elaboração de ações de educação nutricional bem estruturadas de combate ao excesso de peso, em que seja possível formar adolescentes com hábitos alimentares saudáveis, estilo de vida ativo, preparando-os para a vida adulta.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriane Witkovski, UNICENTRO

Referências

1. Batista Filho M, RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Cad saúde pública, 2003, v. 19, n. Supl 1, p. 181-91.

2. Francischi RPP, et al. Obesidade: atualização sobre sua etiologia, morbidade e tratamento. Rev Nutr, 2000 jan/abr, v. 13, nº1, p. 17-28.

3. Enes CC, Slater B. Obesidade na adolescência e seus principais fatores determinantes. Rv Bras Epidemiol 2010; 13 (1): 163-71.

4. Oliveira AMA, et al. Sobrepeso e Obesidade Infantil: Influência de Fatores Biológicos e Ambientais em Feira de Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab Abril 2003, vol 47 nº 2.

5. National Center For Health Statistics. Plan and operation of the Third National Health and Nutrition Examination Survey, 1988-94. Vital and Health Statistics: Series 1: Programs and Colection Procedures, Washington, 1994, v.32, p.1-407.

6. Cobayashi F, et al. Obesidade e fatores de risco cardiovascular em adolescentes de escolas públicas. Arq Bras Cardiol 2010; 95(2) : 200-206.

7. Guedes DP, et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes: estimativas relacionadas ao sexo, à idade e à classe socioeconômica. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, 2006 jul./set.v.20, n.3, p.151-63.

8. Nunes MMA, Figueiroa JN, Alves JGB. Excesso de peso, atividade física e hábitos alimentares entre adolescentes de diferentes classes econômicas em Campina Grande (PB). Rev Assoc Med Bras 2007; 53(2): 130-4.

9. World Health Organization. Diet, nutrition and the prevention of chronic disease. Geneva, 2003.160p.

10. PNUD. Ranking do IDH dos Municípios do Brasil, base no censo de 2010. Disponível em: http://www.atlasbrasil.org.br/2013/. Acesso em 24/08/2013.

11. Brasil. Ministério da Saúde. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O Brasil sem Miséria no Seu Município. Disponível em http://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/simulacao/layout/teste/miv_novo.php. Acesso em 10/03/2013.

12. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan: orientações básicas para a coleta, processamento, análise de dados e informação em serviços de saúde / [Andhressa Araújo Fagundes et al.]. – Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

13. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN. Disponível em http://nutricao.saude.gov.br/docs/geral/curvas_oms_2006_2007.pdf. Acesso em 10/04/2012.

14. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Vigitel Brasil 2010: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. 152 p.: il. – (Série G. Estatística e Informação em Saúde).

15. Philippi ST. Pirâmide dos Alimentos: Fundamentos Básicos da Nutrição. São Paulo: Manole, 2007.

16. Cardoso LO, et al. Socioeconomic, demografhic, environmental and behavioral factors associated with overweight in adolescents: a systematic literature review. Rev Bras Epidemiol, 2009;12:378-403.

17. Boylan SM, et al. Associations between adolescent and adult socioeconomic status and risk of obesity and overweight in Danish adults. Obesity Research & Clinical Practice, 2013.

18. Leal VS, et al. Excesso de peso em crianças e adolescentes no Estado de Pernambuco, Brasil: prevalência e determinantes. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2012, jun. 28(6):1175-1182.

19. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. World Health Organization technical report series, v. 894, 2000.

20. Krinski K, et al. Estado nutricional e associação do excesso de peso com gênero e idade de crianças e adolescentes. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum 2011, 13(1): 29-35.

21. Legnani E, et al. Health-related risk behaviors and overweight in students from Toledo, Paraná, Brazil. Motricidade 2012, vol. 8, n. 3, pp. 59-70.

22. García-García E, et al. Prevalence of overweight and obesity in children and adolescents aged 2---16 years. Endocrinol Nutr. 2013; 60:121-6.

23. Figueiredo C, et al. Obesidade e sobrepeso em adolescentes: relação com atividade física, aptidão física, maturação biológica e “status” socioeconômico. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, 2011, abr./jun; v.25, n.2, p.225-35.

24. Ferreira CCD, Garcia PE, Reis TMO. Avaliação do perfil antropométrico, consumo alimentar e estilo de vida de adolescentes de uma escola pública do município de Volta Redonda – RJ. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, 2009, setembro. v 34, Supl., p. 1-493,

25. Rezende G, et al. Omissão do café da manhã e o risco de obesidade para adolescentes. Nutrire: Rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.= J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, 2009, setembro.v. 34, Supl., p. 1-493.

26. Malta DC, et al. Prevalence of risk health behavior among adolescents: results from the 2009 National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE) Ciência & Saúde Coletiva, 2010. 15(Supl. 2):3009-3019.

27. Moreira FAA. Demanda e oferta de entretenimento: um estudo do segmento de Baixa Renda do distrito de Itaquera na Cidade de São Paulo/ Frederico Antonio de Araújo Moreira. [Dissertação]. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, 2006.

28. Thibault H, et al. Risk factors for overweight and obesity in French adolescents: Physical activity, sedentary behavior and parental characteristics. Nutrition 26 (2010) 192–200.

29. Souza JB, Enes CC. Consumo alimentar e obesidade. J Health Sci Inst. 2013;31(1):65-70.

30. Mendes KL, Catão LP. Evaluation of consumption of fruits, vegetables and greens by adolescents of Formiga – MG and its relation to social and economical factors. Alim. Nutr. Araraquara, 2010, abr./jun. v. 21, n. 2, p. 291-296.

31. Silva ARV, et al. Hábitos alimentares de adolescentes de escolas públicas de Fortaleza, CE, Brasil. Rev. Bras. Enferm., Brasília, 2009.v. 62, n. 1, jan.-fev, p. 18-24.

32. Castañola DJ, Magariños M, Ortiz S. Patrón de ingesta de vegetales y frutas en adolescentes en el área metropolitana de Buenos Aires. Arch. Argent. Pediatr. 2004. v. 102, n. 4, p. 265-270.

33. Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília, DF, 2005. 236p. (Série A - Normas e Manuais Técnicos).

34. Levy-Costa RB, et al. Disponibilidade domiciliar de alimentos no Brasil:distribuição e evolução (1974-2003). Rev Saúde Pública. 2005; 39(4):530-40.

35. IBGE. Pesquisa de Orçamento Familiar – POF 2008-2009 Despesas, rendimentos e condições de vida Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2010.

36. Bica I, et al. Hábitos alimentares na adolescência: implicações no estado de saúde. Millenium, 42 (Jan/Jun), 2012. p. 85-103.

37. IBGE. Pesquisa de Orçamento Familiar - POF 2002-2003 Aquisição alimentar domiciliar per capita: Brasil e Grandes Regiões. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2004.

38. Rampersaud GC, Bailey LB, Kauwell GP. National survey beverage consumption data for children and adolescents indicate the need to encourage a shift toward more nutritive beverages. J Am Diet Assoc 2003;103:97-100.

Downloads

Publicado

2025-09-02

Como Citar

Witkovski, A., & Kühl, A. M. (2025). Fatores sociocomportamentais, alimentares e a ocorrência de excesso de peso em adolescentes. Revista Brasileira De Iniciação Científica, 2(1), PDF. Recuperado de https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rbic/article/view/2478

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.