O trabalho Docente na e para a Escola

relações entre a Jornada Extraclasse e o Desenvolvimento Profissional

Autores

  • Clovis Piaus Universidade do Estado da Bahia
  • Guilherme do Val Toledo Prado Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Palavras-chave:

Trabalho Docente. Desenvolvimento Profissional. Jornada Extraclasse. Formação Docente. Educação.

Resumo

Este artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa sobre as relações entre o trabalho docente e a jornada extraclasse, desenvolvida em duas escolas no interior da Bahia. A pesquisa teve como pressupostos teóricos a filosofia da linguagem bakhtiniana e os conceitos de desenvolvimento profissional. Além da revisão bibliográfica, foram realizados Círculo de Vozes Entrelaçadas (CVE), com professores efetivos das escolas para compreender a circulação das vozes docentes no processo discursivo, estabelecido em 72 encontros tematizando a jornada extraclasse. Os resultados apontaram uma cobrança para cumprir um programa, quase sempre, desarticulado daquilo que se deseja desenvolver; o trabalho docente subjugado a uma rotina, sem valorizar a experiência docente; o trabalho docente é dinâmico, autoral, contínuo, adaptativo e multisapiente; necessário redimensionamento do trabalho docente por meio de ações que valorizem a criatividade e a autoria; a jornada extraclasse deve propiciar discussões e planejamento das ações pedagógicas. Um plano de desenvolvimento profissional, no âmbito da jornada extraclasse, reconfigura o trabalho na e com a escola, objetivando a formação continuada docente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clovis Piaus, Universidade do Estado da Bahia

Doutor em Educação. Universidade do Estado da Bahia. ORCID: https://orcid.org/0009-0001-3618-5372

Guilherme do Val Toledo Prado, Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Livre-docente em Educação Escolar. Universidade Estadual de Campinas. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2415-8369.

Referências

BAHIA. Estatuto do Magistério Público do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia. Lei n.º 8261, de 29 de maio de 2002. Disciplina o regime jurídico do Magistério Público do Ensino Fundamental e Médio do Estado da Bahia e consubstancia o seu estatuto especial previsto na Constituição Estadual. Palácio do Governo do Estado da Bahia, 2002.

BAHIA. Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Orientações às Atividades Complementares (AC). Jornada Pedagógica, 2014.

BAHIA. Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Orientações às Atividades Complementares (AC). Jornada Pedagógica, 2023.

BAKHTIN, M. O problema do texto na linguística, na filologia e em outras ciências humanas. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1979.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, M. Por uma metodologia das ciências humanas. In: Notas sobre literatura, cultura e ciências humanas. Org., tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2017. p.81-96

BENJAMIN, W. O Narrador: considerações sobre a obra de Nikolai Leskov. In: Magia e Técnica. Arte e Política. Tradução de Sergio Paulo Rouanet; Prefácio de Jeanne Marie Gagnein, São Paulo: Brasiliense, 1985. p. 197-221.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: obras escolhidas I. São Paulo: Brasiliense,

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei n.º 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: D.O.U., 23, dez.1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L9394.htm. Acesso em: jun. 2018.

CORSINO, P. Formação de professores para a educação infantil. Entrevista para a ANPED, Rio de Janeiro: 2015. Disponível em: www.anped.org.br. Acesso em: 28 out.2022.

FERRAROTI, F. Sobre a autonomia do método biográfico. In. NÓVOA; FINGER, M. O Método (auto)biográfico e a formação. Lisboa: MS/DRHS/CEAP, 1988. p. 31-59.

LARROSA, J.; KOHAN, W. Apresentação da coleção. In: RANCIÈRE, Jacques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica, p.5, 2011. (Coleção Educação: Experiência e Sentido).

PIÁU, C. Relações entre a licenciatura em Ciências Biológicas e o desenvolvimento profissional na perspectiva de professores egressos da Uneb/campus VI. Tese (Doutorado em Educação) -Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro: 2021.

POIRIER, J. et al. Histórias de vida: teoria e práticas. Trad. João Quintela. Oeiras: Celta, 1999.

PRADO, G. V. T; SERODIO, L.A.; PROENÇA, H.H.D.M.; RODRIGUES, N.C. Metodologia Narrativa de Pesquisa em Educação: uma perspectiva bakhtiniana. São Carlos: Pedro & João editores, 2015.

PREZOTTO, M.; CHAUTZ, G.C.C.B.; SERODIO, L.A. Apresentação do livro. In: PRADO, G. V. T. SERODIO, L.A.; PROENÇA, H.H.D.M.; RODRIGUES, N.C. Metodologia Narrativa de Pesquisa em Educação: uma perspectiva bakhtiniana. São Carlos: Pedro & João editores, 2015. p. 7-21.

RICOEUR, P. Teoria da interpretação. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1996.

SAVIANI, D.; DUARTE, N. Pedagogia histórico-critica e luta de classes na educação escolar. Campinas: Autores Associados, 2013.

SERODIO, L.A.; PRADO, G.do V. T.; Metodologia narrativa de pesquisa em Educação na perspectiva do gênero discursivo bakhtiniano. In: PRADO et al.. Metodologia Narrativa de Pesquisa em educação: uma perspectiva bakhtiniana. São Carlos: Pedro & João Editores, 2015. p.91-127.

SOUZA, E.C. Diálogos cruzados sobre pesquisa (auto0biográgica: análise compreensiva-interpretativa e política de sentido. Educação. Santa Maria, v.39, n01, p. 39-50, jan./abr. 2004.

Downloads

Publicado

2024-05-09

Como Citar

PIAUS, C.; PRADO, G. do V. T. O trabalho Docente na e para a Escola: relações entre a Jornada Extraclasse e o Desenvolvimento Profissional. Revista Internacional de Formação de Professores, Itapetininga, p. e024008, 2024. Disponível em: https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rifp/article/view/1633. Acesso em: 14 dez. 2024.

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.