Africanities, Mathematics and Mamulengos Theater

a crossroads of knowledge and reflections

Authors

  • Anthonny Ewerton Marinho de Vasconcelos Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
  • Cristiane de Arimatéa Rocha Universidade Federal de Pernambuco
  • Jose Ivanildo Felisberto de Carvalho Universidade Federal de Pernambuco

Keywords:

Ancestrality. Orality. Mamulengos' theatre. African mathematics.

Abstract

This article aims to discuss about ancestry and orality as dimensions of africanities in a theatrical proposal that articulates, through the Mamulengos Theater, afrodiasporic wisdoms and the valorization of the african mathematical legacy. We analyze Narrative Excerpts of the theatrical performance entitled MatemÁfrica: roots of the flight of Sankofa and the power of Boi-Bumbá. In this sense, we highlight the crossroads and cross-crossings as potentializers of other proposals in the field of Mathematics Education. The notion of crossings guides the discussions in this text, enabling decolonial perspectives that tension mathematics and its teaching, as well as the training of teachers who teach mathematics. The narrative excerpts reveal that such wisdoms can contribute to the teaching of mathematics in an anti-racist perspective, whether in the discussion of the origins of mathematics and mathematical artifacts produced in Africa, whether in the Mamulengos Theater as a form of resistance originated on the floor of the senzalas, whether in the recognition of science produced in the oral culture of ancestral wisdoms.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Anthonny Ewerton Marinho de Vasconcelos, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Master's student in Science and Mathematics Education. Federal University of Pernambuco.

Cristiane de Arimatéa Rocha, Universidade Federal de Pernambuco

Doctor in Mathematics and Technology Education. Adjunct Professor at the Federal University of Pernambuco

Jose Ivanildo Felisberto de Carvalho, Universidade Federal de Pernambuco

Doctor in Mathematics Education. Adjunct Professor at the Federal University of Pernambuco.

References

ALCURE, A. S. O riso do povo: recursos cômicos no mamulengo da Zona da Mata. Textos escolhidos de cultura e arte populares, Rio de Janeiro, v.5, n.1, p. 17-34, 2008. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tecap/article/view/12595 Acesso em: 10 mar. 2023.

ASANTE, Molefi K. Raça na antiguidade: na verdade, provém da África. Capoeira. Revista de Humanidades e Letras. v.1, n.3, p. 105- 113, 2015.

BORBA FILHO, Hermilo. Fisionomia e Espírito do Mamulengo. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966.

CARDOSO, Lourenço. Branquitude acrítica e crítica: a supremacia racial e o branco antirracista. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, v. 8, p. 607-630, 2010.

BROCHADO, I. O mamulengo e as tradições africanas de teatro de bonecos. Móin-Móin - Revista de Estudos sobre Teatro de Formas Animadas, Florianópolis, v. 1, n. 02, p. 138-155, 2018. 10.5965/2595034701022006138

D’AMBROSIO, U. Educação matemática: Da teoria à prática. 17. ed. Campinas, São Paulo: Papirus, 1996.

DUARTE, Z. Outras Áfricas: elementos para uma literatura da África. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2012.

FLORES, C. R.; KERSCHER, M. M. Sobre Aprender Matemática com a Arte, ou Matemática e Arte e Visualidade em Experiência na Escola. Bolema, Rio Claro (SP), v. 35, n. 69, p. 22-38, abr. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v35n69a02

GIRALDO, Victor; FERNANDES, Filipe Santos. Caravelas à vista: Giros decoloniais e caminhos de resistência na formação de professoras e professores que ensinam matemática. Perspectivas da Educação Matemática, Campo Grande, v. 12, p. 467-501, 2019.

GOMES, N. L. Educação, identidade negra e formação de professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.29, n.1, p. 167-182, jan./jun. 2003

IFHAN. Teatro de Bonecos do Nordeste é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. Página de Notícias do IFHAN. Brasília, 5 março 2015. Disponível em: Notícia: Teatro de Bonecos do Nordeste é reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Acesso: 27 mar.2023

JASIELLO, Franco. Mamulengo: o teatro mais antigo do mundo. Natal: A.S. Editores, 2003

LACERDA, H. D. G. TEATREMATIZAR: afetações de uma professora de Matemática com escola, com teatro, com alunas, com… Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Instituto de Geociências e Ciências Exatas, Rio Claro, 2021. http://hdl.handle.net/11449/216077

MENDES FILHO, A. MATEMÁTICA EM CENA: APRENDIZAGENS POR MEIO DA MONTAGEM E ENCENAÇÕES DE PEÇAS DO TEATRO MATEMÁTICO. Dissertação (mestrado) – Instituto Federal do Espírito Santo, Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática, Vitória, 2016. Disponível em: https://repositorio.ifes.edu.br/handle/123456789/220 Acesso em: 29 mar. 2023.

MUNANGA, K. O que é africanidade. Biblioteca entre livros. São Paulo, edição especial, n°06, 2007.

OLIVEIRA, E. J. S. A roda do mundo gira: um olhar etnocenológico sobre a brincadeira do cavalo marinho estrela de ouro (condado - Pernambuco). Tese (doutorado) - Universidade Federal da Bahia, Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, Salvador, 2006.

OLIVEIRA, E. J. S. Artes cênicas e decolonialidade: Conceitos, Fundamentos, Pedagogias e Práticas. São Paulo: e-Manuscrito, 2022. Disponível em: https://emanuscrito.com.br/livro57.html. Acesso em: 29 mar. 2023.

PEREIRA, R. P. O jogo africano mancala e o ensino de matemática em face da lei Nº 10,639/03. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza, 2011. Disponível em:https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/3223/1/2011_Dis_RPPEREIRA.pdf Acesso em: 29 mar. 2023.

PINHEIRO, B. C. S. Educação em Ciências na Escola Democrática e as Relações Étnico-Raciais. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v.19, p. 329–344, 2019. https://doi.org/10.28976/1984-2686rbpec2019u329344

POLIGICCHIO, A. G. Teatro: materialização da narrativa matemática. Dissertação (mestrado) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Programa de Pós-graduação em Educação, São Paulo, 2011.Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-23042012-152833/pt-br.php Acesso em: 29 mar. 2023.

RUFINO, L. Pedagogia das encruzilhadas. Rio de Janeiro: Mórula Editorial, 2019.

SANTOS, E. F.; GONÇALVES, H. J. L. A Interface entre Arte e Matemática: em busca de perspectivas curriculares críticas e criativas. Bolema, Rio Claro (SP), v. 34, n. 68, p. 1144-1173, dez. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/1980-4415v34n68a15

SANTOS, Luane Bento. A matemática dos penteados trançados: episteme de mulheres negras trançadeiras em cena. In: BARROSO, D.; GOMES, E.; VALÉRIO, E.D.; SILVA, F.C.G.; LIMA, G.S. (org.) Epistemologias Negras: relações raciais na Biblioteconomia. Florianópolis, SC: Rocha Gráfica Editora, 2019. (p. 243-278).

SANTOS, Luane Bento dos. Para além da estética: uma abordagem Etnomatemática para a Cultura de Trançar cabelos nos grupos Afro-Brasileiros. 2013. 122f. Dissertação (Mestrado em Relações Étnico-raciais), Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, CEFET/RJ, Rio de Janeiro, (RJ), 2013.

SANTOS, Luane. Bento. Trancista não é cabeleireira: identidade de trabalho, raça e gênero em salões de beleza afro no Rio de Janeiro. 339f. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Ciências Sociais, 2022.

SILVA, Vanisio Luiz da. Africanidade, matemática e resistência. 2014. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014.

SILVA, G. R. Uma proposta didática para descolonizar o “Teorema de Pitágoras” em cursos de Licenciatura em Matemática. In: PINHEIRO, B.C.S.; ROSA, K.(orgs.). Descolonizando saberes: a Lei 10.639/2003 no ensino de ciências. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2018. (Coleção culturas, direitos humanos e diversidades na educação em ciências). (p. 57 -74)

SOUZA, M. C. R. F.; FONSECA, FONSECA, M. C. R. R. Relações de gênero, Educação Matemática e discurso: enunciados sobre mulheres, homens e matemática. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010.

VIDAL, Karla. Mamu Sebá Caruaru São João. Junho 2012. Disponível em: https://www.google.com/imgres?imgurl=https%3A%2F%2Flive.staticflickr.com%2F7135%2F7507405062_69f4fd21bd_b.jpg&tbnid=W8xzjOnPjAZMiM&vet=1&imgrefurl=https%3A%2F%2Fwww.flickr.com%2Fphotos%2Fkarlavidal%2F7507405062&docid=WW3n7Kl6jEiasM&w=1024&h=683&itg=1&hl=pt-BR&source=sh%2Fx%2Fim. Acesso em: 28 mar. 2023.

Published

2023-06-06

How to Cite

VASCONCELOS, A. E. M. de; DE ARIMATÉA ROCHA, C.; FELISBERTO DE CARVALHO, J. I. Africanities, Mathematics and Mamulengos Theater: a crossroads of knowledge and reflections. Revista Internacional de Formação de Professores, Itapetininga, v. 8, p. e023008, 2023. Disponível em: https://periodicoscientificos.itp.ifsp.edu.br/index.php/rifp/article/view/937. Acesso em: 13 may. 2024.